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18/01/2014

Sem


Numa estrada que sigo. Vou seguindo sozinha, e em paragens -em algumas paragens que faço-  lembro-me de ti, e de ti e claro que de ti também. Lembro-me daqueles, que por momentos, por breves instantes, me deixaram sorrir, rir, com uma vontade inacreditável de nunca parar, com a sensação de que nunca terei de parar. Aí eu continuo a andar, ainda que o pensamento continue na minha mente eu continuo a andar, mesmo com a vontade de querer olhar para trás, talvez de voltar para trás. Voltava a fazer tudo o que fiz, mas parava no tempo, como que se esse meu riso alto nunca acabasse e como se o rasgar do meu olhar seguido de um rasgar do meu sorriso nunca mais se apagasse, parava no tempo e não tirava mais o sentimento do meu coração, aquele sentimento que sentia sempre que estava perto, sempre que estava tão perto daqueles que me o faziam sentir. Em cada pedra que encontro, até naquelas em que tropeço eu me recordo daqueles, apenas aqueles que me fizeram crescer. Sou uma pessoa mais forte graças a todas as pedras do meu caminho que hoje são como pássaros no céu que não me dizem nada, passam me simplesmente ao lado sem eu sequer dar conta deles. Hoje sou mais forte porque cresci, porque sei o que é magoar alguém depois de ter sido magoada. Há mágoas que ficaram cravadas na minha pele e gravadas no meu coração, gritos de socorro eu quase que senti dar, apertos de cortar a respiração por me sentir sem... sem aquilo que já foi tudo para mim, sem o ar que respiro. Aprendi a viver sem, hoje sem explicação ainda sei sorrir, sem motivo eu vivo, e vou vivendo achando motivos para viver. Sem ti eu vou lutando por mim, sem ti, e sem ti e claro sem ti também.

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