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27/01/2014

O sonho no real


Cheguei a pensar que seria, que seria tal como os meus pequenos sonhos em que deles tu fazias parte. Cheguei a acreditar que todos esses pequenos sonhos algum dia fizessem parte da vida real, na realidade sabia que não, que nunca haveria tempo suficiente para viver tudo o que eu vivi contigo nesses meus sonhos. Nem todo o tempo do mundo suportaria o tempo que queria passar contigo, todo o tempo que imaginei passar contigo. Nem o eterno chegaria para desfrutar do tempo que passaríamos juntos, todo o tempo que queria que estivéssemos juntos, o tempo em que imaginei estarmos juntos. Em cada promessa fantasiada por mim em noites em que não havia o teu calor, eu jurei cumpri-las mesmo que tu nunca as visses, sentisses. Jurei a mim mesma que cumpriria todas as promessas mesmo que nunca soubesses quais, mesmo que não soubesses que existiam promessas feitas, mesmo que não houvessem promessas feitas eu iria cumpri-las todas, irei cumpri-las todas, porque maior promessa de todas é a que te amo, e se eu cumprir a promessa de te amar eu cumpro tudo o resto, e é inevitável não cumprir, porque te amo, e hei de amar-te mesmo quando me esquecer de ti, porque só nos sonhos me esquecerei. É impossível esquecer-me de ti. É impossível apagar a única forma de amar, a minha forma de amar. A minha forma de amar é amar-te e é impossível apagar isso, porque hei de amar-te sempre. Se algum dia eu deixar de amar, de te amar, é no dia em que a minha respiração parou, por tempo eterno, e para lá desse tempo quem sabe eu continuarei a amar-te da mesma maneira.

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